Highway To Hell

Minha vida tinha que virar um livro, eu juro! Desde que parei há milênios atrás de freqüentar milhões de shows (vulgo, reduto de 80% da população feminina recalcada), parei de viver situações toscas e bizarras, mas como tudo na vida é passageiro, eis que meu afastamento foi temporário. Pois é, essa tal ironia do destino é uma moça vingativa, que me fez cair de pára-quedas em um show de Heavy Metal, em pleno sábado “chuvoso” à noite.
Caprichei por horas na produção sou heavy e desleixada, tive todo o cuidado do universo para tentar não parecer tão escandalosamente uma paty perdida naquele lugar, e encarei. Coisas que só um namorado faz a gente experimentar...
Eis que chego, devidamente munida do meu inseparável CK One, no que posso descrever como submundo, penumbra, e preto, muito preto, pretinho básico nesses lugares é pouco, né? Eu que ainda lancei uma calça jeans básica, estava me sentindo total out. Minhas madeixas loiras destoavam enormemente, eu juro que passaria até um rímel fio a fio, se tivesse um em mãos. Fiquei lá na minha, até fiz amizade com os meninos, tem coisa mais fácil que fazer amizade com homem??? Homem é tudo de bom, te recebe bem em qualquer lugar, não fica te olhando, não se esquenta, não faz nada...mas mulher...ah, mulher é um caso à parte....
Não existe coisa pior do que mulherzinha metida a rebelde, querendo fazer estilinho, mas que não se garante, ng merece!!!!
O pior comentário da noite, foram elas metendo total olho nas minhas peitchacas afirmando invejosamente que se tratavam se silicone, ai...ai...antes fosse, mas é natural mesmo, ng merece o total despeito, mas fazer o que 100% boa e natural, foi mal, hein?
Ps. Como sou louca mesmo, no fim do show estava na primeira fila, trêbada e balançando a cabeça, rodei tanto, que meu mundo foi rodando até chegar o carro, nem eu me agüento.